A ERUPÇÃO E A NINFÉIA; 20X30cm; acrílico sobre tela
"A ERUPÇÃO E A NINFÉIA" tem forte inclinação para o expressionismo abstrato com elementos de simbolismo lírico. A composição mistura movimentos vibrantes de tinta com pinceladas gestuais e enérgicas, remetendo a uma explosão cósmica ou vulcânica. A presença da ninféia no centro inferior cria um contraponto poético à violência da cena, conferindo simbolismo à oposição entre destruição e serenidade. O uso intuitivo da cor é marcante e o estilo tem afinidade com linguagens contemporâneas. /// "A ERUPÇÃO E A NINFÉIA" pode dialogar bem com a ideia de "beleza sob ameaça" ou o "frágil equilíbrio da existência". O título já carrega poesia em conssonância com a obra que constrói um diálogo simbólico entre opostos: a violência e a delicadeza, o ímpeto e a serenidade. De um lado, camadas explosivas de cores quentes e gestos vigorosos evocam uma força eruptiva — uma liberação energética que brota do centro da tela como se transbordasse de um vulcão interno. Do outro, uma forma suave e etérea, representando a ninféia, flutua com leveza e resistência. / A obra parece dramatizar o instante de um encontro entre mundos: o geológico e o aquático — o destrutivo e o regenerador. / Em síntese, há na composição de "A Erupção e a Ninféia" um equilíbrio tenso, sustentado por contrastes visuais e simbólicos que transformam o quadro em um campo de forças dinâmico; tornando-se uma meditação visual sobre convivência dos extremos — um lembrete de que até na fúria da transformação, há espaço para o florescer.



