AS DUAS LUAS DE ARAKIRA; 16X22cm; acrílico sobre tela

"AS DUAS LUAS DE ARAKIRA" se insere num universo surrealista cósmico-paisagístico, com forte caráter de ficção científica e fantasia planetária. O título colabora para situar a cena num mundo imaginário: Arakira, um nome que remete à tradição de mundos fictícios e sugere narrativa. As formas rochosas torcidas lembram seres petrificados ou estruturas vivas fossilizadas — algo entre paisagem alienígena e escultura natural surreal. O céu com duas luas, uma amarela e outra rosa, estabelece o clima onírico e exoplanetário. // O título é instigante e evocador, ampliando o universo da obra e abrindo portas para narrativas imaginárias. A atmosfera é sólida e coerente com o uso de céu irreal e cores alienígenas harmonizando com as estruturas rochosas incomuns. As cores são bem escolhidas para a proposta (azul saturado contrastando com tons terrosos e o rosa vibrante da lua); atenção à profundidade, com colocação estratégica dos elementos no espaço. /// Desta forma, em "AS DUAS LUAS DE ARAKIRA", o contemplante é transportado a um universo mítico e inventado, onde a presença de dois satélites celestes sobre um cenário enigmático sugere uma cosmogonia própria. Arakira, nome que evoca ancestralidade e poesia, parece ser o lugar — real ou simbólico — onde a dualidade ganha forma através da luz e da sombra, do sonho e da vigília. / As duas luas não apenas iluminam, mas vigiam, duplicam as perspectivas e deslocam a noção de tempo. A composição aponta para um espaço que escapa à lógica terrestre, promovendo um estado de contemplação silenciosa. Cores etéreas e formas suaves reforçam a sensação de suspensão, como se o observador estivesse num limiar entre mundos. / "As duas luas de Arakira" é uma pintura que convida à deriva sensível por paisagens imaginárias, tocadas por memórias arquetípicas e pela possibilidade de outras existências cósmicas.