INVASORES; 30x40cm; acrílico sobre tela

"INVASORES" é uma obra narrativa com forte atmosfera surreal, fantástica e ligeiramente distópica. A cena noturna sob a luz da lua é marcada por elementos inquietantes: criaturas, árvore retorcida e uma casa danificada, compondo um cenário que sugere invasão, colapso ou possessão simbólica. A obra flerta com o realismo fantástico, o expressionismo sombrio e o horror simbólico. // Portanto, há uma história implícita (invasão? possessão? ameaça alienígena?). A atmosfera é bem construída, especialmente pela iluminação da lua e composição dos planos. O contraste de cor é eficaz: o verde-limão fosforescente com os tons terrosos e azulados reforçam a tensão surreal. As criaturas com estilo próprio, lembram arte de capa de livros de ficção/horror ou álbuns de rock progressivo. A expressividade no uso da textura e rachaduras na casa são eficazes. O estilo dos “invasores” tem traços únicos e autorais. /// Enfim, na obra "INVASORES", é convocada uma atmosfera de inquietação e deslocamento. Figuras ou formas — talvez orgânicas, talvez tecnológicas — surgindo como elementos alheios ao ambiente, inseridos de maneira que sugere ruptura, não pertencimento. A presença desses “invasores” pode ser interpretada como alegoria de conflitos internos, colonizações simbólicas, ou mesmo da entrada do imprevisto na paisagem cotidiana. / A paleta cromática — em contraste ou tensão — reforça a sensação de estranhamento, enquanto a composição sugere um campo invadido, atravessado ou contaminado. A obra não oferece uma resposta definitiva sobre quem são esses invasores, tampouco sobre o que invadem: o território pode ser físico, psíquico ou imaginário. / "Invasores" tensiona a relação entre o que chega e o que resiste, entre o hóspede e o hospedeiro — evocando uma narrativa visual de presença forçada ou impacto silencioso.